Histórico do Acervo
Foto: Patrick Pardini e Leonardo Cunha/Museu da UFPA
O Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA) possui um acervo diversificado que reflete a riqueza cultural e histórica da região e do país. Sua trajetória se construiu por meio da integração de coleções de acervo documental e de artes visuais, abrangendo manifestações artísticas que vão da pintura e desenho à gravura, escultura, fotografia, instalações e objetos.
O acervo documental tem raízes profundas, sendo inicialmente constituído, até o ano de 2010, pela Coleção Vicente Salles – que enfatizava a cultura popular, a dança, o teatro e a presença do negro. Em 2010, a aquisição da Coleção do poeta Max Martins, com seus textos e diários ilustrados, acrescentou uma nova dimensão ao conjunto, ampliando o panorama narrativo e cultural do museu.
No campo das artes visuais, a história começa com a contribuição pessoal da artista portuguesa Carmen Sousa, residente em Belém. Durante o período em que o museu estava sediado na Reitoria, obras de grande valor passaram a integrar o próprio edifício, como a escultura “La Sirene”, de Dennis Puech, datada do final do século XIX; a tela “Belém de 1868”, de Leon Righini; e “Heróis do rio Formozo”, de Theodoro Braga. Com o início do século XXI, o acervo ganhou novas dimensões com a incorporação de coleções oriundas das antigas Faculdades de Direito, Medicina e Farmácia, além de importantes doações, como as das famílias de João Pinto e de Anthar Rohrit, que agregaram mais de 200 peças ao conjunto. Paralelamente, mantendo uma postura de estímulo às artes visuais mesmo em tempos de desafios políticos, a UFPA consolidou a formação de artistas de renome nacional. Obras de nomes como Dina de Oliveira, Emanuel Nassar, Osmar Pinheiro de Sousa e Ronaldo Moraes Rego passaram a integrar a coleção “Artistas Professores”.
Atualmente, o acervo do MUFPA reúne pinturas, desenhos, cartuns, fotografias, gravuras e esculturas dos séculos XIX, XX e XXI. Este conjunto diversificado, formado ao longo dos anos por meio de doações, permutas e aquisições, é constantemente revitalizado e exposto, promovendo um diálogo dinâmico com diferentes públicos. Por meio de oficinas, seminários, palestras, visitas guiadas e recursos multimídia, o museu reafirma seu compromisso com a arte e a educação, atuando como um espaço de encontro e reflexão sobre a história e a cultura.
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